sábado, 21 de dezembro de 2013

ALERTA DE SAÚDE - Gordura no fígado atinge 20% do País


Cerca de 20% da população brasileira tem gordura excessiva no fígado, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Hepa tologia (SBH). O problema, conhecido como esteatose hepática, já é uma das  principais causas de cirrose no País e, se não for  tratada, pode levar a um transplante do órgão.
A porcentagem de brasileiros que apresentam fígado gorduroso é alta: a diabete, uma doença considerada comum, por exemplo, afeta 12% do País. O problema, garantem os médicos, é que a maioria das pessoas nem sequer desconfia de que o fígado está doente, já que o quadro não provoca sintomas.
“É uma doença que tem tido cada vez mais importância e causado um impacto grande na vida e na saúde dos pacientes”, afirma o gastroenterologista Roberto Carvalho Filho, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O diagnóstico não é simples. A ultrassonografia, usada para detectar a doença, deve ser feita por especialistas no problema e direcionada para encontrar a esteatose. Quem tem obesidade, hipertensão e diabete precisa redobrar os cuidados.
“É uma epidemia das mais silenciosas. Todo paciente que tem sobrepeso, alteração no colesterol e é sedentário deveria fazer uma avaliação do fígado”, diz o presidente da Sociedade de Hepatologia, Raymundo Paraná. “Ninguém sabe como evolui. O fígado não dói, a pessoa não tem sintomas.”
Ainda que o problema seja mais comum em adultos, sobretudo após os 40 anos, a prevalência alta em adolescentes começa a chamar a atenção dos médicos. Metade dos 300 jovens de 15 a 19 anos analisados em 2009 pelo Grupo de Estudos da Obesidade da Unifesp apresentava esteatose. E a culpa, garante Carvalho, é dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo.
O problema é ainda mais frequente em quem costuma engordar na região abdominal, mas pessoas que parecem magras também podem ter o fígado doente. “Às vezes, a pessoa tem barriguinha, não muito óbvia, mas isso é um sinal de alerta”, diz Paraná.
A esteatose tem três graus de gravidade, que variam de acordo com a quantidade e proporção de gordura no fígado (veja no desenho ao lado). O grau 3, com mais de 90% de gordura, representa a cirrose – ou seja, a inflamação grave do órgão.
Segundo Paraná, até 20% dos pacientes que têm esteatose desenvolverão o quadro mais grave da doença. Nesses casos, a doença pode evoluir para a necessidade de transplantes. “Sem tratamento, a doença pode, sim, chegar a esse ponto”, garante Carvalho, da Unifesp.
A gordura acumulada no fígado vem essencialmente da alimentação: carne vermelha, salgadinhos, frituras e biscoitos recheados são alguns dos itens que costumam conter índice elevado da substância.

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